Parque Ibirapuera
Parque Ibirapuera, São Paulo – SP
2002-2007
área
285000m²
fase
Conceitual
arquitetos JBMC
João Batista Martinez Corrêa
Tiago de Santos Souza – Desenhista
3D rendering
Alessio Dionisi
O parque do Ibirapuera dia a dia torna-se mais procurado pelos usuários devido a sua centralidade como também pela escassez de áreas verdes em São Paulo.
O acesso ao parque, é dificultado por conta das avenidas que o circundam, do grande número de veículos de passagem na região e a dificuldade de transposição das vias existentes, por pedestres e ciclistas.
Analisando a região, junto ao Parque do Ibirapuera, existem outras áreas verdes e equipamentos de interesse, que se não fosse pela existência da avenida Pedro Álvares Cabral, poderiam ser mais facilmente acessadas, e conectadas com a área do Parque. São elas: o Instituto Biológico, Modelódromo do Ibirapuera, Praça Eisenhower, Praça Carlos Gardel, Clube Círculo Militar, Assembleia Legislativa, Ginásio de Esportes Geraldo José de Almeida, o Museu de Arte Contemporânea, entre outras.
Com vistas a favorecer a conexão entre estas áreas, a JBMC propôs a modificação do sistema viário local, junto a Avenida Pedro Alvares Cabral, em dois pontos específicos.
O primeiro ponto seria, interligando de imediato, a área do Obelisco com o Modelódromo, deslocando a via Sul da Avenida Pedro Alvares Cabral para que fique paralela a via norte. As duas vias paralelas de sentidos opostos seriam facilmente transpostas por pedestres, favorecidas pela topografia através de pequena elevação na cota da Avenida Pedro Alvares Cabral e no rebaixamento localizado no piso. Como resultado, os usuários teriam um amplo e seguro acesso ao parque já com a sua área útil ampliada.
O segundo ponto seria a construção de uma passarela elevada de pedestres interligando a área do Instituto Biológico ao parque, nas proximidades do MAC e do prédio da Bienal de SP. Este acesso hoje é bastante dificultado pela necessidade de transposição da Avenida 23 de Maio, de forma segura acessível e confortável. A passarela existente (Passarela Ciccillo Matarazzo) não é suficiente para atender adequadamente o grande movimento de pessoas, devido à suas dimensões e também pelas restrições que oferece aos portadores de necessidades especiais.
A nova passarela de integração das áreas verdes citadas acima, conta com um desenho sinuoso em forma de “X” para aumentar a sua área de captação de pessoas, com leves inclinações, locais para vegetação junto aos guarda corpos, para ser sentida como uma continuação do caminho do pedestre pela calçada. Sua expressão arquitetônica simples, não alteraria de maneira negativa a paisagem existente.
As intervenções foram planejadas por etapas, com vistas a não criar impacto negativo no transito já conturbado do local, e podem ser compreendidas por meio do esquema gráfico apresentado.