Teatro Oficina

Bexiga, São Paulo, SP-Brasil
2005-2011
Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona

O projeto urbanístico arquitetônico foi concebido a partir do programa de necessidades elaborado pelo diretor do Teatro Oficina Zé Celso Martinez Corrêa e prevê a ocupação de grande parte do quarteirão onde hoje se encontra o Teatro.

O partido arquitetônico baseou-se na geografia e topografia local, lembrando que a área é parte dos baixios que levam ao vale do Anhangabaú, reinventando o relevo da área para atender às necessidades do programa.

A topografia proposta e as inúmeras possibilidades de circulação e interligações urbanas pelo conjunto criam diversos espaços como um anfiteatro ao ar livre, uma cachoeira, grandes áreas vegetadas, a ligação com a parte de baixo do Viaduto Jaceguay, passarelas e terraços jardim suspensos. Tais espaços possibilitam que a ação teatral ocorra além dos palcos do teatro oficina, teatro de estádio e da universidade, ganhando dimensões urbanas.

O teatro estádio com arquibancadas que simulam as curvas de nível dos sertões, palco da Guerra de Canudos, além de proporcionar perspectivas inesperadas aos usuários e passantes restabelece, embora em pequenas proporções, continuidade até o Vale do Anhangabaú.

A Universidade Popular integrada ao complexo, foi dividida em 5 planos de utilização (andares)  projetados em formas orgânicas, curvilíneas e escalonados, viabilizando a criação de calçadas suspensas sem distinção entre espaços internos e externos.

O paisagismo, composto por espécies endêmicas, será mantido através da “Oficina de Floresta”, projeto que utilizará mão de obra dos alunos no curso da Universidade. Além disso, o projeto incentivará a criação de jardins e hortas urbanas espalhadas pelo Bixiga com intuito de disseminar a ideia para outras partes da cidade.

Serão criados também espaços subterrâneos destinados às garagens e passagem de pedestres ligando o complexo às partes baixas do Viaduto Jaceguay.